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| Colunista faz análise de comentaristas esportivos durante as transmissões (Foto: Reprodução) |
Amigos leitores do Esporte e Mídia, após o período de férias, onde interrompi o merecido descanso apenas para
criticar os excessos da imprensa ao mundo Chinês e ao Corinthians, retorno hoje, com os textos semanais. Lembro, ainda no final do século passado, haver lido um texto que falava de férias, elas deveriam ser tempo para eventos diferentes. Estas férias foram diferentes, na soma das possibilidades, reforcei um propósito de 2015: acompanhar mais partidas de futebol. E assim o fiz. Nestes trinta dias de entressafra do futebol brasileiro, aproveitei para acompanhar muito futebol internacional, a Copinha, mesas-redondas e outras peladas que volta e meia escrevo em meu blog. Com isso analisei também os comentaristas. O fiz, não apenas em nossas telas, mais passei também por alguns canais estrangeiros.
Temos ótimos comentaristas. Pessoas de nível entre jornalistas, ex-jogadores e opinadores. Vou citar alguns, correndo o risco de deixar gente boa de fora, mas convido você leitor, para adicionar a gente boa na caixa de comentários abaixo. Impressiona-me o ex-zagueiro, William Machado (Sportv), junto com Caio Ribeiro (Globo); Zé Elias (ESPN Brasil) e Belleti (Sportv) por comentários precisos, análise de jogadas, trazem elementos de campo e falas pontuais, ex-atletas que muito acrescentam. Há grandes monstros como PVC; Rodrigo Bueno e Beting (Fox Sports), sempre show, com informações, estatísticas e muita história do futebol. Pipperno (BandSports) trata a Série B do Italiano, com grande respeito e uma precisão nas informações, valorizando o produto da casa. Calçade e Mauro Cezar Pereira (ESPN Brasil) são ícones. Agrada-me demais do MCP, mesmo quando não concordo com suas opiniões, mas seu jeito incisivo faz pensar e muito. Nos canais ESPN ainda há o Rafael Oliveira, que noutro dia estava trazendo um comentário do futebol islandês. Este cara é diferenciado, muito bom nas análises e na tela virtual analisando times. São nomes, entre outros, que muito nos esclarece quando falam de futebol.
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Albio Melchioretto - colunista do Esporteemidia.com albio.melchioretto@gmail.com @amelchioretto |
Mas o que me fez pensar em abordar este tema na coluna não foram os bons comentaristas, mas os demais. Encontrei nesta jornada algumas aberrações que me fizeram por vezes, usar do poder do controle remoto. Comentaristas que focam demasiadamente em piadas durante o jogo, excedendo o limite da brincadeira. Quando do excesso, nada acrescenta ao jogo. Outros ainda que repetem a narração contando a jogada, mais parecendo áudio descrição. Alguns que não tem profundidade e fazem comparações aleatórias sem sentido. Os ex-jogadores cooperativistas. De todos a maior frustração foi meu ídolo de infância, o goleiro Ronaldo. A opinião, beirando a necessidade por polêmicas e posições infundadas, com informações erradas e desconectadas com as situações, desanimam o espectador a continuar. Falo disso com base do Jogo Aberto. Lamentável demais. Existe uma linha tênue entre o bom comentarista e a fanfarrice, o sucesso está na administração desta linha sem jamais ultrapassar para o lado fanfarão. O comentarista tem um papel interessante nas transmissões televisivas. Cabe a este explicar para nós, pobres mortais, as transformações táticas, as possibilidades, trazendo uma análise mais apurada de números e história, aquilo que não é evidente num olhar superficial. Deve ser ele um complemento do narrador e provocar o espectador a perceber algo além do trivial, reforçando a ideia. Mas houve momentos, na jornada de férias, que diante de alguns comentários, que senti-me subestimado e outras que mais acompanhei animadores de picadeiro que verdadeiros comentaristas.
Um grande abraço e até a próxima.
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