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| Colunista comenta sobre a atual situação dos canais Esporte Interativo (Foto: Reprodução) |
“Onde não folga o corpo, não se distrai o espírito, reina o aborrecimento, o enfado, o desânimo, a preguiça e outras condições favoráveis ao relaxamento”, o destaque de abertura vem do diário de atividades, do colégio jesuíta São Luís, da cidade de Itu, datado da época de Charles Miller. Após uma semana de folga da coluna, onde o espírito e o corpo estiveram ocupados com outras atividades volto ao refúgio que é o ato de escrever. Escrever que pode ser uma linha de fuga as atividades enfadonhas que o cotidiano das escolhas nos submetem. Aproveito o momento, para publicamente, parabenizar o colega Alípio Jr pela coluna centenária. No espaço de hoje apresento uma reflexão sobre a Universidade do Futebol e alguns incômodos provocados pelos canais Esporte Interativo.
A Universidade do Futebol foi criada em 2003, produz estudos e pesquisas voltadas ao universo da bola. Oferece reflexões, cursos presencias e “a distância” com a proposta de produzir conhecimento acerca do esporte bretão. Trago o tema, porque tive a oportunidade de fazer um curso e conhecer melhor a estrutura online oferecida pela instituição. Torcer é paixão, mas não é o suficiente. Conhecer o futebol, a estrutura técnica, o posicionamento tático dos times ajuda na leitura do jogo para que ela não se limite apenas a visão apaixonada de torcedor. A Universidade do Futebol traz um empodeiramento de causa que permite uma visão para além do campo. Apesar de tais iniciativas somos ainda ingênuos em questões políticas que envolvem o futebol, onde operamos apenas numa lógica de bandidos e mocinhos e torcemos para grandes corporações. Estudar o futebol é pulverizar a cortina de fumaça que distrai a reflexão.
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Albio Melchioretto - colunista do Esporteemidia.com
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto |
Entretanto há uma cortina de fumaça insistente, ela paira pelos lados dos canais Esporte Interativo. Um canal que sem o apoio da Turner estava num lugar cômodo. Quando pequeno sem perspectivas conseguia alguns resultados interessantes e despertava curiosidade, mas com o braço americano, resultado torna-se uma exigência. Há tempos ele deixou a interatividade para tornar-se apenas um produto de venda. Investiu pesado para atrair a Champions, o Brasileirão e agora para atrair o Argentinão fez uma oferta valiosa. Mas ainda assim ele ocupa o lugar que estava anterior ao investimento da Turner, quase um patinho feio dos canais esportivos. O desejado é o topo, mas a realidade é um tanto mais dura. Está fora da Sky, não tem todos os canais carregados na NET/Claro TV contam para o somatório de problemas. Na semana corrente, a OiTV adicionará o EI Maxx2. Mudanças de direção e os boatos de troca de nome e linha editorial mexem um pouco. Mas quais perspectivas diante disto tudo? A que veio o Esporte Interativo? Ao aliar-se ao grupo Turner permitiu alçar novos voos, mas o novo patamar financeiro exigiu um retorno de produtividade ao qual canal não estivesse preparado. A aquisição da Champions tem fortes concorrentes, que aos olhos do público leigo são mais atrativos, os certames nacionais que possui não tem apelo senão aos aficionados; o futebol americano tem outra casa, sobraria o que ao Esporte Interativo? A troca de nome pode repercutir no mercado de anunciantes, mas qual impacto terá no espectador? Pelo visto os diretores do grupo Turner não dão folga ao corpo, nem mesmo ao espírito.
Sobre os canais Esporte Interativo, em colunas anteriores, escrevi:
2019 é logo ali: http://www.esporteemidia.com/2016/06/albio-melchioretto-92-2019-e-logo-ali.html
Dramalhão digo de novela mexicana: http://www.esporteemidia.com/2015/10/coluna-do-albio-melchioretto-61.html
Quando custa ou é por quilo? http://www.esporteemidia.com/2015/09/coluna-do-albio-melchioretto-59-quando.html
Quero EI sem mimimi:
http://www.esporteemidia.com/2015/08/coluna-do-albio-melchioretto-52-quero.html
Novos canais e velhos problemas:
http://www.esporteemidia.com/2015/06/coluna-do-albio-melchioretto-46-novos.html
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