“Antes da Copa de 1978, Geisel me aconselhou - em tom militar - a não falar de política e só se preocupar com o jogo” afirma ex-jogador Reinaldo no “Aqui com Benja!” (Foto: Divulgação) |
“Ser contestador me deu dor de cabeça. Era década de 70, regime militar, AI-5, sociedade cabisbaixa e população sem liberdade; éramos tristes e oprimidos. Manifestei-me porque era famoso, para posicionar que jogador não era alienado. Tinha pressão dentro da CBD, por parte dos militares e o André Richer - antigo presidente - me pressionando para não comemorar de punho cerrado. Para você ter uma ideia, antes de irmos para a Copa de 1978 o presidente Geisel me chamou e aconselhou - em tom militar- a não falar de política e se preocupar com o jogo. Em uma ditadura tudo é possível”, confidenciou o ex-craque atleticano.
Com mais de 300 gols na carreira e uma aposentadoria precoce, aos 28 anos, o mineiro também comparou a estrutura de hoje com a do passado. “O campo era ruim, juiz ladrão, beque batia, tomava porrada, tinha jogador com doping, vestiário não prestava; era preciso ser corajoso e forte. Se jogasse hoje na Europa, só com o pensamento eu daria drible”, afirmou.
Ao longo da atração, Reinaldo também falou sobre as chances dos times brasileiros nas competições nacionais. “Palmeiras é líder e o Flamengo, que quando chega tudo conspira a favor deles. Hoje o Galo é o melhor time, tanto que ou o Brasileirão ou a Copa do Brasil será nossa”, brincou.
Maior artilheiro do Atlético, do Mineirão e dos clássicos entre Galo e Cruzeiro, o ex-atleta declarou seu amor ao clube do coração. “O Atlético é o melhor sentimento que tem em Minas, quando o a Galo ganha Minas é Geral mais feliz”, conclui.
O programa contou com depoimentos de Robinho, Marcelo Oliveira, Casgrande, Mário Sérgio, Edmundo, Guilherme, Túlio, filhos e da neta.
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