Alipio Jr. #114: Sinceridade não faz mal

Colunista comenta polêmica entre FOX Sports e jogador do Palmeiras (Reprodução)
Por diversas vezes já demonstrei a minha contrariedade com a maneira de execução das entrevistas pós-jogo. Feitas no calor do momento para aproveitar as respostas impensadas, geram situações constrangedoras e normalmente são negadas, posteriormente, por jogadores e seus clubes, no intuito de impedir o início de um incêndio que parecia claro. Esta semana tivemos mais uma demonstração clara disto.

Para boa parte do país, há o eixo RJ-SP no monopólio das informações. Constantemente ouço que se o jogador “a” ou “b” estivesse nesse grande centro seria incensado e até mesmo convocado para a Seleção Brasileira. É uma informação que pode não estar totalmente equivocada e, vá lá, tem razão em alguns pontos. A questão é que para os torcedores desta região, há o eixo do eixo. O torcedor acha que alguns clubes possuem tratamento diferenciado por parte da imprensa.
Essa afirmação é mais fácil de provar.

Alipio Jr.
@alipioj
Um certo narrador famoso disse em entrevista que lá no final da década de 70 reclamou de um certo clube carioca e foi repreendido por ninguém mais, ninguém menos que o dono da emissora, torcedor deste clube. Depois disso passaram a ter mais cuidado, o clube tinha ótimo time que foi catapultado pela imprensa para todos os locais e aí vemos o que tem por aí hoje.

Em discussão no Redação SPORTV, o jornalista Carlos Eduardo Éboli disse que a torcida do Flamengo criou a moda de ir ao aeroporto e os demais torcedores de outros clubes estavam apenas copiando. No que foi repreendido imediatamente pelo apresentador, André Rizek, lembrando que a torcida vai ao aeroporto desde que o aeroporto foi criado. Não faltam exemplos. Rizek foi além e disse, “é preciso controlar a torcida carioca, pois ela tem a mania de achar que tudo começa a partir do Flamengo”. Lembra da reclamação do eixo dentro do eixo? Pois é.

Toda essa celeuma culminou na ótima entrevista do jogador do Palmeiras ao FOX Sports, demonstrando que alguns jogadores podem até não assistir o noticiário esportivo (afinal, quem trabalha no horário livre?), porém invariavelmente ficam sabendo do que houve. E isso ficou claro na entrevista, quando diretamente com o representante da emissora fez a reclamação sobre a diferença de tratamento.

E estava certo! Reparem na imagem que ilustra essa coluna. Lembro bem deste dia, pois estava assistindo ao canal e outras emissoras fizeram discussões semelhantes, apenas tendo o cuidado de não serem taxativas na hora de sentenciar.

 Jornalista também tem clube de coração e não há nenhum problema nisso, mas as cabeças pensantes da emissora precisam ter cuidado com os temas que abordam e usar de senso crítico para que a exposição desmedida de um clube não seja o tiro no pé com os demais torcedores. Todos assistem todos e por isso desejam o básico: Isonomia nas análises e nas matérias. Fácil, né?

Abraços e até a próxima.

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