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| Catador recolhe revistas sobre a Olimpíada que apodrecem a céu aberto (Gabriel de Paiva/O Globo) |
De acordo com o veículo, há toneladas de ferro, alumínio e outros tipos de material. Segundo o infectologista Bruno Cruz Fonseca, o terreno, além de ser um criadouro de mosquitos, pode ser foco de outras doenças.
"Esse terreno é certamente um foco não só de dengue, zika e chicungunha, mas também de leptospirose e hepatite A. A água acumulada atrai ratos que podem transmitir a leptospirose. Se a água for contaminada com fezes de animais, também pode transmitir hepatite A. É preciso eliminar esse foco", disse.
As grades que cercavam trechos do local foram derrubadas por catadores, que foram impedidos de recolher entulhos pelo dono de um caminhão que se disse proprietário do entulho.
"Fui proibido de catar ferro, que vai para o lixo. Ele me deixou catar apenas papel. Já levei 450 quilos. Hoje, mais uns 300 quilos. Compram por R$ 0,10 o quilo. Foi escavando o entulho que descobri revistas sobre a Olimpíada", relatou o catador Daniel Pimentel, de 33 anos.
A Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos informou, por meio de nota, que “já iniciou os serviços de retirada do entulho resultante da demolição do Rio Media Center. De acordo com o órgão, os trabalhos devem ser finalizados até o final de novembro.
O centro de mídia foi inaugurado em julho e preparado para abrigar até 600 jornalistas diariamente. O RMC ocupou uma área de 2.700 metros quadrados, com 130 estações de trabalho, salas de reunião, telões para acompanhamento das competições, auditórios, estúdios de TV e rádio, além de pontos para geração de imagens.
A prefeitura afirmou que "a estrutura do pavilhão era temporária desde a concepção". Também disse que o terreno foi vendido ao Consulado dos Estados Unidos e deverá ser entregue aos compradores sem a estrutura.
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