Narrador está na lista de passageiros, mas não embarcou; colega foi em seu lugar

Cleberson Silva, assessor que estava no voo, e Ivan Carlos, narrador que desistiu da viagem (Foto: Rádio Condá/Divulgação)
“A dor é muito grande, não cheguei a pensar sobre isso, se Deus teria me salvado”, diz Ivan Carlos Agnoletto. O jornalista é uma das quatro pessoas que estão na lista oficial de passageiros do avião com os jogadores da Chapecoense, que sofreu acidente na Colômbia na madrugada desta terça-feira (29) e que não embarcaram.

“Eu estava escalado para o jogo, mas meu colega tinha esse desejo de fazer uma final internacional. Quando falei para o Gelson Galiotto que ele ia, nem acreditou: ‘Sério? Eu vou mesmo?’ Era o sonho dele”, diz Ivan Agnoletto, em depoimento ao F1 SC.

Ele e Gelson Galiotto, de 36 anos, são narradores da rádio Super Condá, de Chapecó. Ivan também é coordenador da equipe esportiva da rádio. Além de Gelson, Edson Ebeliny, 39 anos,  repórter setorista da Chapecoense pela Super Condá, também embarcou. “Falei para tirar meu nome e colocar o dele (Gelson); deixaram meu nome na lista. O Edson Picolé ia comigo e no fim foi com o Gelson”, conta Ivan.

Ele, Gelson e Edson estavam em São Paulo, onde cobriram o jogo da Chapecoense e Palmeiras no domingo. “Eles [Gelson e Edson] ficaram para ir para a final da Sul-Americana. Desejei boa viagem e voltei para Chapecó”, detalha Ivan.

Ivan soube da queda do avião por volta da 1h30 da madrugada desta terça. “O pessoal começou a ligar para meu celular e minha mulher atendeu. Então começaram a desejar pêsames e oferecer apoio a minha esposa, como se eu estivesse morto. Fui aos canais e soube que o avião havia caído”, diz o jornalista. Segundo ele, mais tarde souberam da confirmação do nome dos sobreviventes.

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