No 'Bola da Vez', José Silvério conta como cortava gracinhas de Faustão

José Silvério foi entrevistado no 'Bola da Vez' da ESPN Brasil (Reprodução)
Aos 71 anos, José Silvério relembrou no 'Bola da Vez' da ESPN Brasil, na noite desta terça-feira (16), a fama de profissional rígido que adquiriu ao longo da carreira. Uma fama da qual ele não discorda - e com a certeza que ajudou a muitos a trilhar um bom caminho profissional.

"Eu sou muito respeitado na nossa classe, tanto pelo locutor quanto pela pessoa. Vocês me conhecem muito bem, eu nunca dei palpite na vida de ninguém, eu nunca entreguei companheiro, eu nunca demiti companheiro... Vocês falaram que eu fui duro, eu fui duro com muita gente sim. Reconheço isso. Mas fui duro sem prejudicar a pessoa. Simplesmente falava: 'olha, você não serve para trabalhar comigo, vai trabalhar com outro', não é?", afirmou.

Voz de momentos marcantes do futebol brasileiro, Silvério também afirmou que nunca gostou de brincadeiras nas transmissões em que estava envolvido. Sempre prezou pela seriedade e por fazer transmissões que poderiam ser menos pesadas, mas com profissionalismo.

"Vocês viram como eu me comporto. Tinha certas coisas. Eu detesto brincadeira no ar, brincadeira de rádio. Pode ser uma transmissão leve e sem palhaçada. Então, por isso que eu sempre fiz isso. Todos os repórteres com os quais eu trabalhei - quase todos trabalharam comigo - nenhum era moleque, nenhum ficou moleque. Peguei novos, o Luis Carlos Quartarollo é muito mais novo do que eu, o Eduardo Affonso, o Wanderley Nogueira, que foi talvez com quem eu trabalhei mais tempo, o Quesada era menino...."

A postura mais dura não impediu de vários se tornarem seus amigos. E o narrador deu exemplo de um profissional que passou pelas suas mãos e tinha um ar mais brincalhão: Fausto Silva, hoje apresentador da TV Globo.

"Nenhum [colega] ficou meu inimigo. E isso que eu digo para as pessoas: eu era bravo, cortava o pessoal no ar às vezes, eu dei dura em vários... Tem um que hoje é superimportante e que eu briguei com umas mil vezes: o Faustão, que está aí, faz o maior sucesso, é um dos maiores salários da televisão brasileira e um superprofissional."

"Mas o Fausto tinha uma tendência enorme a avacalhar a transmissão da gente. Aí eu falei para ele, e ele era meu amigo, ficou meu amigo, 'Fausto, a minha transmissão você não vai avacalhar, não', e não vai mesmo porque aí tem coisa de roça nisso aí, né: 'farinha pouca, meu pirão primeiro', né? Vai estragar meu trabalho?", riu.

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