(Reprodução/YouTube) |
Vivemos um tempo de cuidado pela vida. Das muitas lições que podemos tirar com a COVID-19, uma delas é a valorização da vida a partir de uma ética da alteridade. Ficar em casa é um ato de altruísmo e solidariedade. Outro dia, brincando em grupos de mensageiros virtuais, mencionei que a mídia esportiva poderia mostrar os poucos campeonatos que ainda existem, mas longe de tal afirmação ser séria. Uma brincadeira descabida. Não faz sentido esta afirmação, porque fazer jogar é, na verdade, desrespeito à vida. Não é hora de jogar.
Ao logo da semana, por curiosidade, acompanhei, em transmissão precarizada pelo YouTube, as imagens de uma partida válida pela 15a rodada do Clausura da Liga Primeira, entre Deportivo Walter Ferrati versus Real Madriz. Torneio da Nicarágua. Estádio vazio, sem placas de publicidade. A transmissão, de câmera centrada, feita sem narração. Gostaria de ver como era feita. GC fixo na tela, oficial da competição e só. Nenhuma outra informação ofertada ao espectador, sequer escalações, identificação de cartão, gols ou alterações. Falas, apenas no intervalo do jogo, foram organizadas pelo Canal 6, de Manágua, com slogan religioso, fez propagandas governamentais, música de cuidados ao COVID-19 e um médico falando da necessidade de lavar as mãos. Gosto duvidoso das músicas. Como se esta crise sanitária fosse apenas uma aviso de carnaval.
O canal 6, foi fundado em 1957, e no ano de 1979, estatizado na ditadura e cuidado pelo Sistema Sandinista de Televisión. No ano de 1997 volta as mãos da iniciativa privada e novamente, em 2011 volta aos maos do governo. Quem controla a informação, controla o poder dentro de um espaço. O que pretendo demonstrar nestas linhas, é que o fenômeno do futebol não está isolado no mundo, ele é uma escolha política, como é a mídia, como é o controle do ir e vir, e no caso da Nicarágua, há muito para se preocupar, enquanto humanidade.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
Em meio a tudo isso, ao caos da violência governamental e do controle sanitário, há partidas de futebol e beisebol rolando. A boa política do pão e circo. O jogo praticado é algo muito parecido com futebol. As regras são as mesmas, mas o evidente do campo, se parece com futebol, mas fica aquém do que normalmente vemos. A Nicarágua não tem história relevante no futebol mundial. No campo, um jogo marcado por passes curtos no campo defensivo e tentativas de ligação direta, via lançamento dos laterais. Digo assim, porque poucas vezes, os chutes deram certos. Dominar a bola pareceu-me uma das tarefas mais difíceis, aliás, a bola atrapalhou muitas vezes os jogadores. Os passes certos, tinham uma dança particular, receber, dar dois toques na bola, e “bum”, já não está mais comigo. Há algo de elogiável, nisto tudo, pouquíssimas faltas, e muita bola rolando, porém, o rolar semelhante a bola de uma mesa de pebolim. O jogo foi dominado pelo Ferretti. Maior posse de bola. Mas é difícil dizer algo além disso.
Pela Liga da Bielo Russia assisti varios jogos neste ultimo final de semana que passaram pelo Site Mycujoo , inclusive as partidas são com torcida e na que teve domingo as placas de publicidade era aquelas que ficam mudando a propaganda. La a rodada começou Sexta dia 08/04 e teve jogo até 13/04 na segunda-feira ,Partida do Tordpedo Zordino o Brasileiro Gustavo Ramos fez o gol e deu uma assistencia.
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