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Como se sabe, a Turner enviou, ainda no ano passado, carta aos clubes uma solicitação de renegociação do acordo e engrossou o tom após sete parceiros não responderem (apenas o Athletico respondeu). A empresa alega termos supostamente descumpridos pelas equipes. Enquanto isso, os times acreditam que trata-se de uma iniciativa da entidade para tentar rescindir o contrato com eles.
Mas, ainda em conformidade com o UOL Esporte, a Turner parece não querer deixar de exibir o Brasileirão, mas acusa os clubes de descumprir várias cláusulas contratuais. A principal queixa está na limitação imposta para que só sejam transmitidas seis partidas por cidade, que não estava prevista no acordo inicial.
A Turner alega que aceitou esse teto de transmissões para não prejudicar os clubes, já que a Globo ameaçava reduzir os repasses a quem tivesse contrato com ela na TV aberta e com a concorrente na TV fechada. Mas a empresa se vê prejudicada, já que o resultado disso foi ver muitos de seus jogos serem exibidos também em outro canal.
Entre outras reclamações da Turner, está o vazamento da programação para a TV aberta, fazendo com que vários jogos que deveriam ser exibidos apenas na TNT passem também na Globo. Também incomoda a não autorização de entrevistas exclusivas que estariam previstas em contrato.
Por fim, a Turner se incomoda por críticas ao contrato feita publicamente por dirigentes, principalmente as feitas pelos presidentes de Santos e Fortaleza. A programadora afirma que isso fere o termo de confidencialidade do acordo firmado.
A segunda notificação enviada semana pasada foi respondida por todos. Um dos clubes afirmou que não soube da primeira notificação e que entende que a Turner está com dificuldades para manter os contratos.
Quem se pronunciou teve praticamente o mesmo entendimento que a Turner está com dificuldade de manter os contratos por causa do relacionamento com os clubes e busca um jeito de conseguir a rescisão contratual. Para um desses clubes, as cláusulas que a Turner julga feridas seriam facilmente derrubadas em caso de batalha judicial.
Essa ideia é refutada pelo jurídico da Turner. A programadora entende que fez tudo o que lhe compete e cumpriu todas os termos do contrato. A emissora irá manter os pagamentos aos clubes pelo Brasileirão 2020 mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. Há sérios riscos de a competição ter seu formato alterado, o que poderia reduzir o pacote de jogos da multinacional.
Procurada, a Turner refutou a ideia de rescisão contratual. A programadora afirma que só quer ter um modelo de negócio mais sustentável e bom para ambas as partes. Por fim, a empresa diz estar aberta ao diálogo com os clubes.
"A Turner enviou na sexta-feira, 3 de abril, uma notificação aos clubes com os quais mantém contrato para exibição da Série A do Campeonato Brasileiro 2020. Essa carta reitera o que já foi colocado aos clubes em novembro de 2019, sobre o que não tivemos quase nenhuma resposta, e pede que venham conversar com a Turner para solucionar questões pendentes. Há certas obrigações que a Turner deseja reforçar, incluindo compromissos assumidos pelos clubes que são essenciais para que a Turner crie um modelo de negócios sustentável", diz a nota oficial.
"A Turner propõe uma nova conversa, ao mesmo tempo em que não descuidará das ações necessárias à defesa de seus direitos. A Turner sempre privilegiou o diálogo e acredita numa solução conjunta", conclui o comunicado.
Hum.
ResponderExcluirSinceramente, se um dia, num futuro próximo, por algum motivo que seja, as emissoras de tv do Brasil fechem, o futebol no país para também. Como esses clubes tem uma dependência da tv. Tem time/dirigente com o borga hipotecado pra emissora de tv.
ResponderExcluirMenos o Fla.
ExcluirHoje creio que só Palmeiras e Flamengo teriam sobrevida sem isso.
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