STREAMING, DOS ESPINHOS ÀS FLORES
O que verei hoje? É a pergunta que muitas vezes faço diante das possibilidades esportivas. Costumo trabalhar com a televisão ligada em algum evento esportivo, ou até mesmo alguma estação de rádio. Outras vezes, algum evento no streaming. Mas aos poucos, percebo que meu tempo de consumo no streaming cresce gradualmente. Um comportamento que representa o comportamento de tantos outros.
Neste universo, a televisão mostra alguns eventos, as mídias sociais outros e ainda encontramos aplicativos específicos e tantos outros. Há um número maior de eventos que outrora para acompanharmos. São outros tempos para as transmissões esportivos. Num tudo são flores, ou melhor, nem tudo são bits. A televisão possui uma oferta maior que a vinte anos, ao mesmo tempo que o sistema pago experimenta um encolhimento mundial de clientes. Noutro lado o streaming cresce consideravelmente, e depende de várias condições técnicas para o acesso. Como nem tudo são flores e também, nem tudo são espinhos. Percebo que criticar veementemente o streaming como já fiz outrora não faz mais sentido.
Durante o tempo que dediquei para a escritura da coluna, o YouTube transmitia 8 eventos esportivos ao vivo, de 5 esportes diferentes. O streaming funciona, mas ele não depende só de si como a televisão. A televisão é capaz de gerar um conteúdo, divulgar e transmitir. O esporte no streaming para transmitir depende de outros para a divulgação e a geração do evento não é não simplória como fazer uma selfie. Aí entra o papel fundamental das mídias sociais. A proposta via rede entendeu melhor o reordenamento de consumidor nos últimos anos. A flexibilidade de dispositivos eletrônicos está aí, e é capaz de superar a menor fluidez de imagem que da televisão pela especificidade daquilo que é oferecido.
A televisão nasceu com ao vivo, programas de auditório e entrevistas. Mais tarde que entrou o futebol. Com medo do ao vivo o futebol surfou na onda do videotape hoje o esporte funciona na televisão pelo fator antigo. Pouca coisa mudou na essência, mas muito do saber-fazer. A convergência para o streaming é um passo nos ensinará muitas coisas ainda. Mas uma questão não pode passar despercebida, a quem o streaming atende?
Dica de leitura:
GUIMARÃES, Pedro Cezar Duarte; FORTES, Rafael. A transmissão ao vivo de campeonatos de surfe pela internet: padrões televisivos, inovação e questões para a história do esporte. História: Questões & Debates, v. 68, n. 2, p. 55–76, 2020.
(Reprodução) |
O que verei hoje? É a pergunta que muitas vezes faço diante das possibilidades esportivas. Costumo trabalhar com a televisão ligada em algum evento esportivo, ou até mesmo alguma estação de rádio. Outras vezes, algum evento no streaming. Mas aos poucos, percebo que meu tempo de consumo no streaming cresce gradualmente. Um comportamento que representa o comportamento de tantos outros.
Neste universo, a televisão mostra alguns eventos, as mídias sociais outros e ainda encontramos aplicativos específicos e tantos outros. Há um número maior de eventos que outrora para acompanharmos. São outros tempos para as transmissões esportivos. Num tudo são flores, ou melhor, nem tudo são bits. A televisão possui uma oferta maior que a vinte anos, ao mesmo tempo que o sistema pago experimenta um encolhimento mundial de clientes. Noutro lado o streaming cresce consideravelmente, e depende de várias condições técnicas para o acesso. Como nem tudo são flores e também, nem tudo são espinhos. Percebo que criticar veementemente o streaming como já fiz outrora não faz mais sentido.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
A televisão nasceu com ao vivo, programas de auditório e entrevistas. Mais tarde que entrou o futebol. Com medo do ao vivo o futebol surfou na onda do videotape hoje o esporte funciona na televisão pelo fator antigo. Pouca coisa mudou na essência, mas muito do saber-fazer. A convergência para o streaming é um passo nos ensinará muitas coisas ainda. Mas uma questão não pode passar despercebida, a quem o streaming atende?
Dica de leitura:
GUIMARÃES, Pedro Cezar Duarte; FORTES, Rafael. A transmissão ao vivo de campeonatos de surfe pela internet: padrões televisivos, inovação e questões para a história do esporte. História: Questões & Debates, v. 68, n. 2, p. 55–76, 2020.
Agora sim Albio, conseguiu sintetizar uma visão mais coerente. Agora concordo 100% contigo. O streaming vem pra compor aquilo que a tv não consegue trazer pela limitação de canais, custo de operação e viabilidade dos produtos. Produtos sedimentados são viáveis na tv, porém setores de esportes em nicho, são esquecidos. Como tratar hockey no gelo, boxe, judô, surf, rugby ou campeonatos de futebol secundário (Liga mx, mls, russo, turco, japonês, chinês, holandês, belga, escocês, entre outros...), a solução é o streaming, e a solução pode ser o streaming quando algum campeonato não é vendido.
ResponderExcluirUm exemplo foi o russo, eles era free no youtube até a temporada passada, com a ideia de popularizar o campeonato, deu certo, e de um jeito esquisito, mas um jeito, se tornou campeonato ativo na tvb aberta via band e seu patrocinador. Esse é o caminho, que deve avançar quanto mais internet chegar nos rincões do Brasil e do mundo.