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O repórter da CNN Brasil, Jairo Nascimento, foi alvo de racismo no Clube Pinheiros, em São Paulo, ao ir fazer fazer uma reportagem sobre atletas olímpicos na pandemia no local. A informação é da própria emissora.
Além disso, ela e outro diretor identificado como Fábio também questionaram a isenção da reportagem, temendo que fosse caracterizada como tendenciosa. A reportagem acabou sendo cancelada.
De acordo com o regimento interno da instituição, o clube não cede espaço interno aos sócios para manifestações de caráter político, religioso, racial e classe.
No entanto, várias acusações antigas de discriminação já ocorreram nas dependências do local. Foi o caso do medalhista de ouro na Copa do Mundo de Ginástica Artística Ângelo Assumpção, vítima de racismo pelos colegas.
Os agressores foram suspensos pela Confederação Brasileira de Ginástica e depois se desculparam. Apesar disso, Assumpção foi demitido do Pinheiros em 2020.
A também ginasta Jackelyne Silva que morreu em janeiro de 2019 aos 17 anos, foi despedida dias antes por meio de uma mensagem no WhatsApp. Para os pais, o tratameto é resultado de um comportamento discriminatório comum aos atletas bolsistas.
Já a advogada Roberta Loria fez uma denúncia em 2015 sobre a exigência da instituição de que as babás que acompanham as crianças sócias estejam vestidas de branco.
O presidente do Pinheiros Ivan Castaldi Filho nega as discriminações e diz que a equipe de diretores do clube trabalha para que todos tenham o mesmo tratamento. "Apuramos todas as denúncias que recebemos e corrigimos na hora qualquer desvio de conduta", disse.