Mesmo com a aprovação da Lei do Mandante na Câmara dos Deputados e a expectativa que o projeto passe sem dificuldade no Senado, os clubes brasileiros em acordo de TV, devem fechar com a Globo até 2024, quando vencem os atuais contratos de direitos de transmissão. O próprio Movimento Futebol Livre está com esse pensamento, de acordo com o UOL Esporte.
A diferença é que desta vez as negociações com a emissora serão realizadas pela entidade, com os times fechados em conjunto, e não mais de maneira individualizada, que é o que vinha acontecendo até então. “Como os clubes de maior torcida já têm contrato firmados com a Globo e a Lei do Mandante caminha para passar no Senado com a Emenda que garante os contratos já firmados, entendemos que o mais natural agora seja fazermos uma negociação em conjunto com a própria Globo”, afirmou Edno Melo, presidente do Náutico.
O presidente do Avaí e presidente da Associação Nacional de Clubes, que representa os clubes da Série B, Francisco Battistotti, corrobora o que diz Edno Melo. “Nossa sugestão é para que os clubes assinem com quer que seja até no máximo 2024, negociando sempre em bloco”, frisa. “Se fizermos individualmente, como vinha sendo feito, a negociação vai depender do apelo do time e o poder de barganha dos times será menor.”
Entre os 7 primeiros colocados na Série B, segundo Battistotti, o líder Náutico, por exemplo, tem contrato com a Globo, o Coritiba com a Turner, o Guarani e o CRB não possuem contratos, o Goiás também está fechado com a Turner, o Sampaio Corrêa não tem contrato e o Avaí celebrou acordo com a emissora carioca. Para o executivo da ANC, a negociação da série B poderá passar dos atuais R$ 120 milhões ao ano para algo como R$ 500 milhões após a efetivação da nova lei daqui a três anos, considerando a perspectiva de concorrência entre emissoras, aplicativos e plataformas de streaming.
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