![]() |
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro |
A Rádio Itatiaia de Belo Horizonte anunciou, nesta quinta-feira (15), a demissão do jornalista Paulo Azeredo após a repercussão negativa de um comentário ofensivo feito durante o intervalo do programa Itatiaia Patrulha. O episódio envolveu o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Cruzeiro, que foi chamado de “babaca” pelo profissional da emissora.
A fala do jornalista ocorreu nos bastidores da programação, mas acabou se tornando pública e gerou forte reação, especialmente por parte do clube celeste, que emitiu nota oficial repudiando o ocorrido. “É óbvio dizer que o Cruzeiro repudia, de maneira veemente, tal posicionamento, que não condiz com uma relação entre imprensa e clube, que deve ser pautada, antes de tudo, pelo respeito”, afirmou o clube.
A origem da polêmica remonta à zona mista após a vitória do Cruzeiro sobre o Palestino, no Mineirão, pela Copa Sul-Americana. Durante uma entrevista, Paulo Azeredo iniciou sua pergunta com “Claro que você quer ser titular né”, ao que Gabigol respondeu de imediato: “Mas eu fui hoje, pô”. Ao final da conversa, o camisa 9 ainda alfinetou: “Itatiaia é meio estranho né, as perguntas dos caras”.
A resposta do atleta teria incomodado o jornalista, que, nos bastidores da programação, fez o comentário ofensivo que levou à crise.
Diante da gravidade do caso, a Rádio Itatiaia decidiu pelo desligamento do profissional e se manifestou nas redes sociais: “Esse episódio não reflete a opinião, posição editorial ou valores da Itatiaia. Diante da gravidade do ocorrido, informamos que o profissional foi desligado da empresa.”
A emissora também publicou um pedido de desculpas público ao Cruzeiro e à torcida: “A Itatiaia lamenta de maneira contundente a desrespeitosa declaração de um profissional da emissora a respeito do jogador Gabriel Barbosa, do Cruzeiro Esporte Clube. Pedimos desculpas ao atleta, ao clube, a sua torcida e a todos os nossos ouvintes e telespectadores.”
Em sua nota, o Cruzeiro ainda destacou que “aqui no Cruzeiro não há ‘babacas’, existem pessoas e profissionais comprometidos com a história da instituição”, e afirmou que o clube “não se curvará diante de ofensas e ataques gratuitos”.
O episódio reacende o debate sobre os limites da liberdade de imprensa e o respeito necessário nas relações entre jornalistas, atletas e instituições esportivas.