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Coluna do professor #431: Por que pretendo assistir à Copa do Mundo pelo SBT

Foto: Reprodução/RS Notícia 

Minha primeira Copa do Mundo foi a da Itália-90. Já escrevi outras vezes nesta coluna sobre essa experiência. Havia dois elementos que me alegravam profundamente. O primeiro era a chamada da Copa, que exibia os mapas dos países com suas respectivas bandeiras inseridas. Esse gosto peculiar por bandeiras e cartografia acabou me levando, anos depois, à graduação em Geografia. 

O segundo elemento que me encantava era a figura do “Amarelinho” e as muitas interações do narrador Luís Alfredo com ele durante as transmissões dos jogos do Brasil. Era uma combinação de carisma, leveza e criatividade que me marcou. 

Nesta semana, foi oficializado o que já se comentava nos bastidores: os direitos de transmissão de parte dos jogos da Copa do Mundo de 2026, que será realizada no México/EUA/Canadá-26. O SBT exibirá 32 partidas em parceria com o NSports, que fará sua estreia em Copas. Os jogos transmitidos pelo SBT serão os mesmos exibidos pela Rede Globo, que detém um pacote de 54 partidas. Já a CazéTV, por sua vez, transmitirá a totalidade dos jogos. 

A primeira Copa transmitida pelo SBT foi o México-86, em um pool com a RecordTV, ambas pertencentes, à época, ao Grupo Silvio Santos (a Record foi posteriormente vendida a Edir Macedo). Na edição seguinte, Itália-90, o canal contou com Luiz Alfredo, Emerson Leão, Sócrates e Telê Santana. Foi ali que surgiu o mascote “Amarelinho”. Nos EUA-94, a narração ficou por conta de Luiz Alfredo e Osmar, com Carlos Alberto Torres como comentarista. A última Copa transmitida antes do longo hiato foi a França-98, com Hermano Henning e Paulo “Amigão” Soares integrando a equipe. 

Alguns atrativos me levarão a acompanhar a Copa pelo SBT. O primeiro deles é histórico: será a primeira Copa de Galvão Bueno fora da Globo desde 1974. Por mais que o tempo tenha passado, confesso que ainda existe uma certa aura entre a Seleção Brasileira e Galvão, uma conexão emocional difícil de ignorar. 

O segundo ponto que me chama atenção é o modelo de simulcast entre TV aberta e PayTV. Gostaria de ver os grupos Band e Globo experimentando esse formato. Sei que os públicos são distintos, mas a ideia de uma transmissão simultânea entre plataformas diferentes me agrada como experiência. 

O terceiro motivo é o posicionamento do SBT como uma alternativa emocional e acessível, com foco na vivência do torcedor, algo que difere dos veículos esportivos tradicionais. 

Reconheço que esse último fator pode soar contraditório, já que defendo, desde o início desta coluna, transmissões técnicas e comentaristas qualificados, em vez dos atos circenses que alguns canais promovem. Mas em Copa do Mundo, quando quase tudo é nivelado por generalidades vazias, ver algo diferente pode ser uma boa pedida. 

E você, nobre leitor, pretende acompanhar alguns dos jogos pelo SBT? 

Sobre o autor:  

Prof. Dr. Albio Fabian Melchioretto (www.albiofabian.com). Doutor em Desenvolvimento Regional. Professor pesquisador ligado a Faculdade SENAC Blumenau, editor do podcast, Tecendo Ideias (Top 100 Education Podcasts). 

1 Comentários

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  1. Pretendo assistir no SBT todos os jogos que lá passarem. E os que não forem transmitidos pelo SBT, na CazéTV.

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