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Luciano Burti diz ter sido dificil encontrar seu espaço entre Galvão Bueno e Reginaldo Leme


Há dez anos atuando como comentarista das corridas de Fórmula 1, na TV Globo, a principio tendo de encontrar espaço entre Galvão Bueno e Reginaldo Leme, Luciano Burti (foto) encontrou estilo próprio nas opiniões. E quando o assunto é técnico ou surgem os áudios de conversas entre equipes e pilotos, é ele quem dá a visão de quem esteve dentro do carro em corridas e testes.

Mas Burti admite que penou e precisou de muito esforço nos dois primeiros anos para superar as dificuldades de iniciar uma nova carreira e principalmente a de achar seu espaço entre Galvão e Reginaldo, mostrando ao mesmo tempo que tinha talento para estar naquele posto e que não estava atuando para “puxar o tapete” de ninguém.

“Entrar no meio do Galvão e do Reginaldo foi difícil, conquistar um espaço foi muito difícil. Ouvir de casa e fazer uma crítica é fácil, mas estar lá e fazer é complicado. Não é só sentar lá e falar”, afirmou Burti.

O primeiro desafio sempre foi não atrapalhar a dinâmica dos companheiros. “Eu vejo (Galvão e Reginaldo) como um casal, é como marido e mulher mesmo, que tem uma relação com conflitos, que vivem como se fosse uma família e que se entendem do jeito deles. Quando comecei, precisava entrar sem atrapalhar uma relação que já existe, me encaixar para somar e não tomar o espaço ou pisar no calo de ninguém. Tive de mostrar jogo cintura e eles me apoiaram”, conta Burti.

Apesar do apoio, Burti admite que o veterano Reginaldo Leme precisou de mais tempo para crer que não estava com os dias contados em sua posição.

“Eu fui muito bem acolhido, principalmente no início, com o Galvão. Com o Reginaldo levou mais tempo para a gente se entrosar. Ele não sabia se eu estava chegando para roubar um espaço. No começo tive que conquistá-lo, mas depois dos dois primeiros anos a gente construiu uma relação de grande amizade”, detalhou ele.

Para Burti, o desafio era achar o seu tempo certo para falar no meio da dupla. Foi assim que ele acabou se destacando pelos comentários mais técnicos, mas sempre didáticos. Na preparação, o piloto fez muitas sessões de fonoaudiologia – e ainda o faz – e por um bom tempo assistiu em detalhes todas as transmissões das quais participou para fazer uma análise do que poderia melhorar.
Sobre Galvão Bueno, como ele assume o papel de maestro, de comandante da transmissão, isso deu a Burti pistas de como atuar.

“O Galvão realmente comanda tudo, e faz tudo muito bem. Tem que diga que ele fale de mais, ou fale de menos… Mas assumir a posição que ele assume, saber comunicar ao público o que ele precisa ouvir e conseguir dividir a transmissão com os comentaristas é difícil. Ele faz como ninguém. Ele tem essa missão de dominar o espaço e isso nunca causou problemas, pelo contrário”, explicou Burti.

Com informações do UOL Esporte

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