Coluna do Alipio Jr. #58: Curral da informação

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram repórteres de rádio isolados no Maracanã (Foto: Reprodução)
A informação precisar estar disponível para que a partir daí possamos formar nossa opinião, nosso juízo de valor. Quanto mais acesso temos, mais opiniões são formadas, mais fácil entender quando ouvimos outras opiniões. Cerceá-las ou criar regras que prejudiquem apenas um dos lados de quem dá essa informação, é uma atitude que não se coaduna com a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa que nos orgulhamos de ter.

Como pode ser visto no link abaixo, a CBF atendeu um pedido da Rede Globo e criou regras que passaram a valer a partir da 2ª rodada do Brasileirão e que tem sido de uma crueldade ímpar com as equipes de Rádio. Todas.

Não sei você, mas gosto de ouvir rádio. Ouço debates esportivos, zapeio entre o dial na mesma velocidade que o faço na minha tevê, normalmente enquanto dirijo ou quando a transmissão da tevê me desagrada. E por conta disso, espero ter ali a mesma gama de informações que recebo em qualquer outro lugar que acesso.


Entretanto, como a imagem que ilustra essa coluna demonstra, os profissionais das emissoras de rádio estão sendo constantemente prejudicados. E não são apenas os menos famosos. Álvaro de Oliveira Filho, da CBN e Sérgio Guimarães, da Bradesco, reclamaram com veemência nas últimas semanas. Penido, da Rádio Globo, sempre deixa escapar uma pontada de insatisfação.

Enquanto as emissoras que compraram o direito de exibição do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, há a permissão de entrevistas pré-jogo, no intervalo, na volta do intervalo e no pós-jogo, os repórteres das rádios estão em currais, mendigando uma entrevista.

Essa foto foi do clássico carioca de ontem. É preciso que algum jogador queira parar para ser entrevistado (!) ou atenda aos gritos desesperados de alguns deles (!!) o que sabemos que não acontecerá. A desculpa para atender tal solicitação, foi do propalado “Padrão FIFA” exigido pela emissora do Jardim Botânico, mas fica claro que precisa ser revisto e amainado.

Obviamente não sou a favor daquela multidão ao lado do campo atrasando o horário do jogo ou daquela correria dentro de campo com fios e que tais, mas esses profissionais precisam trabalhar e dar informação. Que as condições sejam melhores. Num jogo há, em média, 30 profissionais para serem entrevistados (22 jogadores no início, 6 substituições possíveis e 2 treinadores), a patrocinadora entrevista um, no máximo dois.

Qual o motivo para encrencar com esses profissionais? Com a palavra, dona Rede Globo, Seu SPORTV e a matrona CBF.

Comunicado da CBF, extraído do Site da ACERJ (Associação de Cronistas Esportivos do Estado do Rio de Janeiro).

Abraços e até a próxima.

Alipio Jr. - colunista do Esporteemidia.com
@alipiojr














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