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Colunista comenta imbróglio para renovação dos direitos de transmissão do Campeonato Paranaense (Reprodução) |
Em 1992 pela primeira vez acompanhei os jogos do campeonato paranaense. Na época, com antena espinha de peixe, captava do sinal da extinta RCE Itajaí, onde acompanhei a épica final entre Londrina x União Bandeirante, e bons jogos do Matsubara e bons jogos do emergente Paraná Clube, nos primeiros anos de vida. A RCE era uma emissora afiliada a finada Rede OM, atual RIC Record Itajaí. Anos depois, ainda pude ver alguns jogos pela CNT, via parabólica cebolona. O estado vizinho, nos anos de 1990 apresentava jogos mais interessante que o certamente local, atualmente, é possível questionar com certa pretensão, se os catarinenses são melhores que os paranaenses, mas esta é outra discussão - a caixa de comentários agradece. Atualmente o futebol paranaense, aparece com competições secundárias na E-Paraná, via parabólica, também. Entretanto o que acontecerá com o estadual do paranaense este ano?
Algumas coisas parecem retrocesso. O Campeonato Paranaense 2017 não terá transmissão do canal Premiere (pay-per-view). A ausência da dupla Atle-tiba no acordo pesou na opção de escantear Londrina, Paraná e os demais da competição da televisão paga. Enquanto isso o RPC, afiliada da Rede Globo no Estado, acertou com 10 times, novamente sem a dupla Atle-tiba, que também não acertou com a Primeira Liga, e por coincidência, tem o brasileirão acertado com EI Maxx a partir de 2019. Leio no Gazeta do Povo que o torneio custará R$ 4 milhões a RPC. Sem os dois principais, a cota do Paraná Clube caiu de R$ 1 milhão para R$ 450 mil e a do Londrina de R$ 600 mil também para R$ 450 mil, enquanto os outros 8 clubes dividirão R$ 2,7 milhões. Leio no Papo de Mídia que o contrato valerá por 3 anos e tem cláusula que permitirá os ingressos de Atlético e Coritiba com alteração de valores aos demais em qualquer momento.
O que faz esta confusão toda? Lembram do Brasileirão de 2012 que a RedeTV! levou e não mostrou? A partir daquele ano a Globo começou a negociar valores por clubes. A entrada do aniversariante Esporte Interativo pelos direitos do brasileirão também tem causa deste problema. Os clubes não negociam a competição como um produto unitário, como uma liga. Cada qual está pensando nos próprios interesses. Critico este sistema porque ele não favorece o produto, e sim a aposta individual. Se o campeonato fosse pensado como um todo, ele seria valorizado. Os espectadores perdem que não terão o produto no pay-per-view e as duas maiores torcidas da competição estarão limitadas ao bom e velho radinho para acompanhar as pelejas. Quem ganha? Ninguém. Se a dupla da capital tentou valorizar seus direitos, acabou sem nada. É preciso pensar a exposição da liga e não apenas de duas ou três camisas. Problema semelhante teremos no brasileirão a partir de 2019, se não houver uma revisão nas leis que regem os direitos de transmissão. Direito de transmissão não pode ser individualizado, vide o exemplo das competições mexicanas, uma verdadeira balbúrdia.
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