Albio Melchioretto #122: Um ace

Entre outros temas, colunista fala sobre estreia da Sony na transmissão da WTA (Reprodução)
Primeiro a criança gatinha, depois anda. Se fizer o contrário vai passar o resto da vida no chão. O Curioso caso de Benjamin Button, não pode ser considerado aqui. Os passos devem ser respeitados. Transmitir grandes eventos ou emitir comentários exige uma certa dose de responsabilidade de quem o faz. Não é só o esporte pelo entretenimento que está em julgamento, mas a boa vivência do fã. Em tempos de alta definição, queremos alta qualidade de transmissões. Para chegar nela, primeiro engatinhar, para depois andar.

Já comentei neste espaço sobre as perspectivas do tênis no Sony. Isso foi na coluna #118. Sempre com um olhar de estranheza. Acompanhei a primeira jornada, com direito ao tênis na madrugada pela primeira vez. Duas coisas são bem claras, a qualidade dos profissionais do microfone e a forma de um canal de séries fazer esporte. César Augusto na narração e Jaime Oncins deram show, com leveza, humor e bom conhecimento ao falar do esporte. Uma transmissão agradável e de boa qualidade. Entretanto, o canal tem brincando com a paciência do espectador. Primeiro dia queda de sinal, problemas com áudios. Até isto, vá lá, é possível relevar. Nos dois primeiros dias, começaram um seriado, com cinco minutos, o cortaram jogaram o sinal da competição e os fãs do seriado o viram por um pedaço. O problema que se repetirá ao longo do ano apareceu na semifinal. Partida de tênis não tem horário preciso. Na semifinal o jogo começou após vinte minutos. Neste tempo de espera, um seriado tapa-buraco e letreiro na tela. E novamente, um corte abrupto para o jogo. Deste jeito Sony afugentará, se a primeira impressão é a que fica, o amante do tênis e o espectador de seriados, mesmo o tênis não ocupando a janela central dos seriados. Se tomarmos o esporte como possibilidade, o canal católico Rede Vida é um bom exemplo. A Rede Vida conseguiu 0,7 ponto de pico com o jogo a estreia do Palmeiras, e 1 ponto de média com o Santos. Melhores índices da emissora em sua grade, tornando a copinha uma boa vitrine. Esporte é tiro certo, mas fazê-lo direitinho. E você acredita que a jornada do tênis pela Sony dará certo?

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto
Neto eleito o pior comentarista da televisão esportiva. Quem afirma isto são os jogadores em enquete realizada pelo UOL com jogadores da Série A e B do campeonato brasileiro e por sua vez o programa “Os Donos da Bola” eleito como o pior. Acho ruim este tipo de pesquisa. Apenas li no UOL a divulgação e a repercussão em alguns sites, mas não entendi o propósito ou a intencionalidade dele, nem o critério de votação dos jogadores, a forma da pergunta. Apenas o resultado e isto é perigo. Apontar algo como ruim apenas por apontar... estamos em tempos de hostilidades e da opinião de tudo, o que uma porta, de respeito está fazendo, apenas é estimular isto. Por que não eleger os melhores, premiá-los e apontar as grandes conquistas? Sobre o programa, não o acompanho e prefiro outros no horário e outros comentaristas, mas algo chama minha atenção, como o pode o ruim ter uma audiência representativa? Então, qual o melhor comentarista esportivo da televisão brasileira? Gosto demais de ouvir a dupla Paulo Calçade e Mauro Cezar Pereira.

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