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Colunista comenta declarações de Felipe Melo direcionadas a imprensa (Fernando Dantas/Gazeta Press) |
Os gregos do período clássico, ficariam horrorizados, com o show de opiniões vazias nas mídias sociais.
Dito isto, quero abordar uma polêmica (vazia ou não) da semana, a imprensa versus jogador. Esta lógica não pode fazer sentindo. Embora, algumas vezes, vivenciamos o embate. Alguns treinadores, de um passado recente, usaram desta tática. Lembro-me, inúmeras vezes, do então treinador, Leão tecer duras críticas aos jornalistas, de Luxemburgo, vociferar, de Dunga usar este pressuposto ao invés de falar do jogo e da tática, de Felipe Melo, em sua apresentação no Palmeiras, falar. Segundo o ESPN.com.br, ele disparou palavras fortes contra parte dos jornalistas, a quem acusou de "ganhar dinheiro para falar mal" dos atletas profissionais. Mas o que li em diversos veículos foi apenas esta parte. Após alguns minutos navegando por páginas e páginas que estampavam apenas esta frase, fui a fonte, e lá pude acompanhar outras coisas, e algumas inteligentes. Eis que o volante falou, "eu acho que a classe (dos jogadores) é uma classe muito desunida. Vocês, jornalistas, são muito unidos. Se um jogador fala mal de qualquer um de vocês, vocês se unem e vão contra. Nós, jogadores, somos bobos, porque temos que ser mais unidos", iniciou. E ainda, “crítica faz parte, como torcedor eu critico mesmo e faz parte, mas jamais vou falar 'esse cara é um songa-monga, um desgraçado'. É falta de respeito com ser humano.”
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Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @amelchioretto |
Entrevistas sinceras me interessam, parafraseando Cazuza. Mas espero, de maneira utópica, que a mídia, seja esportiva ou não, possa ir além do factual. Para de repetir palavras, ou re-narrar a entrevista, se for somente isto, não há necessidade de comentaristas. Ele, o personagem do comentarista, deve acrescer algo, nos provocar, nos fazer pensar o que há ou que está nas entrelinhas do dito e do não dito. Categorizar ações e ver aquilo que nós pobres mortais não vemos. Como diria Sílvio Luiz, “o que só você viu?”. Entrevistas sinceras me interessam, mas esta briga entre jornalistas e jogador, ou jogador e jornalista nada acrescenta, apenas poderia abastecer revistas de fofocas que estão vendidas a 1,99 na prateleira de um mercado qualquer e terminam com opinião, mas sem nenhum conhecimento.
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