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Clube estreia no Campeonato Carioca no dia 28 de janeiro contra o Boavista (Reprodução) |
Bandeira de Mello mencionou algumas ações que poderiam ser evitadas, ou feitas de formas distintas pela Ferj, para que os clubes de menor investimento sofressem um impacto menor. O presidente do Flamengo também revelou que a ausência da assinatura diminuiu em R$ 30 milhões o valor anual das cotas de TV, caindo para R$ 90 milhões. As reclamações feitas pelos dirigentes das equipes menores também foram minimizadas.
"O que aconteceu foi que a televisão fez uma proposta global de R$ 120 milhões por ano pelo Campeonato Carioca. Como o Flamengo não assinou, ela diminui para R$ 90 milhões. Se essa redução tivesse sido feita proporcionalmente a todos os clubes o impacto não teria sido tão grande. Simplesmente, o que aconteceu foi que os outros clubes grandes (Botafogo, Fluminense e Vasco) não tiveram redução na cota, os médios e a Federação também não, e quem paga a conta são os pequenos. Essa conta não deve ser cobrada do Flamengo, e sim dos outros clubes e da Federação que não fez uma redução proporcional", declarou o presidente do Flamengo.
A questão da proporcionalidade já tinha sido comentada por Mauro Farias, vice de futebol do Campos. O posicionamento do dirigente aponta a falta de proporção na questão que envolve a diminuição das contas para os clubes.
"Não sou capaz de falar de orçamento da Federação ou do Flamengo, cuido apenas do meu. Mas a proporcionalidade de redução da cota com a não assinatura do Flamengo não foi a mesma que houve na redução da nossa. Acredito que outras despesas, que eu não tenho conhecimento, tenham impactado para os meses de janeiro e fevereiro", analisou o dirigente do Campos.
Se o Flamengo, sem a assinatura via Ferj, deixa de ganhar R$ 15 milhões - apesar de ser responsável por R$ 30 milhões da cota total, segundo o presidente do clube -, as equipes que não garantirem vaga na Taça Guanabara terão mais da metade de suas quantia reduzidas. O valor, que seria de R$ 800 mil, vai cair para R$ 360 mil. America e Friburguense, que estavam na elite em 2016 e, em um primeiro momento, teriam direito de receber R$ 300 mil, não terão ganhos com as cotas. O subsídio das séries B1 e B2 (antigas B e C, respectivamente) também será inviabilizado.
Segundo Bandeira, uma conversa envolvendo Flamengo e Federação, com o intuito de tratar das cotas de TV, está descartada. A postura de não assinar o contrato que passa pela Federação antes de chegar ao clube é considerada irredutível. Todavia, a alternativa encontrada foi uma negociação diretamente com a Globo, o que pode ter um desfecho positivo para o Rubro-Negro, na parte referente ao recebimento das cotas.
"Não existe perspectiva de reunião (com a Ferj). O Flamengo usou seu direito de recusar o contrato, que os outros clubes assinaram através da Ferj. O Flamengo e está negociando diretamente com a televisão, e se vier a assinar alguma coisa, será em contrato diretamente com a televisão. Aí vamos discutir valores, condições. Com relação às demandas que temos com a Ferj, de transparência, de acesso aos recursos de comercialização das placas, estamos buscando na Justiça, pois é o direito de qualquer cidadão ou instituição que busque defender seus direitos", concluiu o presidente do Flamengo.
Durante a entrevista coletiva, questionado sobre o posicionamento dos patrocinadores em relação aos jogos não transmitidos na TV, Eduardo Bandeira de Mello alegou não ser o melhor cenário. Porém, manteve a postura de não dar o braço a torcer e, por fim, manifestou o desejo de um bom desfecho para todos os lados envolvidos.
"Não é o ideal (jogar sem TV). É claro que o Flamengo espera que todas essas negociações sejam concluídas da melhor maneira possível. Mas é nossa obrigação defender os interesses do Flamengo, dos seus sócios e seus torcedores. Se não houver acordo, vocês vão ter que fazer como eu fazia antigamente, e ouvir pelo radinho de pilha ou ir ao Maracanã. Vamos torcer para que a gente consiga chegar num acordo em condições que sejam boas para os dois lados", completou.
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