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Colunista analisa participação de Renato Gaúcho no 'Bola da Vez' da ESPN Brasil (Reprodução) |
No filme “O Palhaço” dirigido por Selton Mello, que vive também o palhaço Benjamim, encontramos a seguinte máxima, "O rato come o queijo, o gato bebe leite e eu... Sou palhaço". No drama, a frase representa que cada qual pode desempenhar muito bem o seu papel, o rato fazendo aquilo que lhe confere o ser rato, o gato o mesmo, e o ser humano, exercendo aquilo que lhe cabe em sua humanidade. Mas antes de tornar-se um ativista, seja o gato, o rato ou o ser humano é preciso ter consciência do que está por fazer e dedicar-se diante das expectativas. Assim o faz um bom treinador de futebol, assim o faz também uma boa competição. Esta semana quero escrever falando da participação de Renato Gaúcho no Bola da Vez da ESPN e a aberração que tem se tornado a Primeira Liga.
O primeiro assunto, a participação do Renato Gaúcho no Bola da Vez. Confesso que ao ler senti que a coisa poderia ser áspera, mas não o foi. Acompanhei por meio de uma reprise sua entrevista. Falo a partir da frase “É muito fácil, você vê e o lance e comentar. Vá lá para baixo do campo e faz acontecer o lance. Eu (RG) saio da beira do campo e venho aqui (na televisão) comentar qualquer jogo”. Na semana ainda, Mauro Cézar Pereira disparou contra a frase do treinador. Não foi áspera, foi arrogante. Sempre admirei o Bola da Vez pela qualidade das entrevistas, mas com o RG foi uma mesa de amigos com brincadeiras e pouca eficiência, uma água com açúcar. Um programa tão inteligente deixou-se levar pela onda de praia e pela arrogância de um treinador de futebol. A atitude de RG é apenas um exemplo de tantos outros que à beira do campo se julgam deuses de fazer lances e criticam à imprensa que presta um serviço. A excelência e a mediocridade existem em todas as áreas e faço coro à crítica de Mauro Cézar, “cada macaco no seu galho”. Então, não faz sentido, o que alguns treinadores tentam criar, jogando a imprensa como inimiga de uma situação. Dunga assim o fez enquanto treinador da Seleção, RG na sua arrogância na televisão na semana que passou e alguns jogadores em coletivas... será a Trumperização das entrevistas? Se assim o for, tô fora!
Agora trocando de assunto. Já escrevi sobre a PL na coluna #116. E confesso, ser uma grande decepção. Diversas notícias, de 2015, falam da competição como uma revolução. Como a grande mudança do futebol brasileiro, com a intenção de fazer até a organização do Brasileirão de 2017. Quando da criação ela veio com a proposta de ocupar das datas dos arcaicos estaduais, palavras de Alexandre Kalil, presidente da PL na ocasião. Mas foi um movimento que nada deu. Aliás, basta ver, escondido na televisão paga, não apresenta nenhuma repercussão, jogado com seus times alternativas onde nem o treinador acompanha a partida. Nada acrescenta, seja politicamente, esportivamente ou televisivamente, ao contrário, depõe contra o próprio movimento, tornando o calendário já criado, mais arcaico ainda. Enquanto a PL naufraga, vemos arcaicos estaduais, como o Carioca, forçar jogos de torcida única e mando de campo sorteador. Se algo bom vai ruim, o que já existe é ainda pior. Enquanto isso, acompanhamos joguinhos medíocres. A televisão tem nas mãos um bom produto que é mal gerido.
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