Alipio Jr. #124: Salvem o rádio!

Colunista lamenta atual situação do rádio, especialmente no Rio (Mateus Bruxel/Agencia RBS)
Invariavelmente falo sobre o Rádio neste espaço por entender que boa parte da minha paixão esportiva, principalmente futebolística, foi alimentada por ele. É uma coisa de pai pra filho. De repente os mais jovens acham bacana ficar no celular enquanto o jogo transcorre, vendo vídeos em rede social e sabendo em tempo real sobre assuntos que no estádio não dá pra presenciar.

Se você é um pouquinho mais velho como eu, sabe que no passado era olho no campo e ouvido no radinho de pilha. É amigo, era difícil. Como vibrei com meu primeiro walkman digital que sintonizava fácil várias estações e me permitia ouvir o pré-jogo enquanto aguardava a entrada dos times em campo. Era praticamente um ritual.

Por isso, sempre que puder vou tentar falar para você descobrir sobre a transmissão radiofônica. Há boas, ruins e péssimas como a mesa redonda que você tenta assistir na sua televisão. A diferença está apenas no tipo de profissional. No rádio há um pessoal de experiência maior aliados a novatos e pessoas que hoje estão na televisão. Aliás, boa parte dos profissionais de algumas emissoras, nasceram profissionalmente em algum dial.

Alipio Jr.
@alipioj
Uso esse longo preâmbulo para lamentar o fim da Bradesco Esportes FM. A emissora que receberá este ano o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) por conta da sua competente cobertura das Olimpíadas, deixará de existir agora em Março. O incompetente gestor aparecerá para receber o prêmio e os 12 milhões de reais pagos pelo Grupo Bandeirantes serão ignorados. A frequência carioca retransmitirá algumas coisas da Rádio Bandeirantes e futuramente deverá ser arrendada, o que é uma pena.

Em dezembro foi a Rádio Tupi que ficou paralisada por alguns dias, em virtude do grave atraso salarial e ficou como uma rádio musical sem intervalos comerciais, até que os salários foram renegociados. No entanto a situação é conflitante e a rádio está se equilibrando como pode. E olha que estamos falando esportivamente, nem mencionei a MPB FM, por exemplo.

Sendo assim caro leitor, vou apenas pedir que você aproveite enquanto é possível. Quanto mais opções temos, mais opiniões divergentes recebemos e nos ajuda enxergar outras direções dissonantes da nossa. É o salutar debate que nos faz crescer. O rádio vai acabar? Pode ser que não. Elas vivem há muito tempo com esse problema. Teremos o fim de uma e o nascimento de outra, mas enquanto isso, dê uma chance ao rádio. Te garanto que vai valer a pena.

Abraços e até a próxima.

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