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Brasil vai sediar a Copa América em 2019 (Reprodução) |
A investigação do FBI e do Departamento de Justiça dos EUA apontou que a Datisa e seus donos (Traffic, Torneos e Full Play) se comprometeram a pagar US$ 110 milhões em propina para dirigentes da Conmebol, entre presidentes da entidade e das confederações. Em troca, levaram o contrato da Copa América até 2023. Três ex-presidente da confederação estão presos e outros dirigentes como José Maria Marin.
A Conmebol anunciou que tinha rompido o contrato com a Datisa para a Copa América Centenario, em 2016. Mas, na verdade, a empresa recebeu dinheiro pelos direitos em um arranjo revelado pelo jornal paraguaio ''ABC Color'' em julho de 2016. O periódico revelou que a Datisa e seus associados ganhariam US$ 40 milhões com a competição.
No processo norte-americano, um ex-advogado da Conmebol afirmou que levantou US$ 25 milhões em dinheiro com contratos de televisão liberados pela Datisa para poder pagar as seleções. Afinal, a empresa estava com as contas bloqueadas pela Justiça. Esse dinheiro foi obtido com a venda dos direitos, e a maior parte repassado à própria Datisa.
O acordo valeu para a Copa América Centenario, mas o problema ressurge para as próximas edições da Copa América. Para a competição do Brasil, os cartolas da Conmebol começaram a discutir como resolver o contrato com a Datisa. Afinal, a empresa que deveria revender os direitos de televisão, mas não goza de credibilidade após o escândalo. Fato é que, passado o momento inicial da denúncia, a Datisa e seus donos se fortaleceram e o rompimento do contrato fica mais difícil.
A questão será discutida mais a fundo no encontro do executivo da Conmebol em abril, no Paraguai. Ali, o objetivo é avançar na organização do torneio do Brasil. Mas o problema é que, sem a garantia do dinheiro da televisão, é difícil saber quanto poderá ser gasto para realizar a competição. O formato da Copa América e a escolha de sedes do torneio dependem de saber quanto de dinheiro tem disponível.
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