Clubes questionam receitas da Globo com transmissões pelo Pemiere Play

(Reprodução)
Os clubes estão questionando os valores repassados pelo Grupo Globo relativos as partidas do Campeonato Brasileiro mostradas pelo Premiere Play. A Folha de S. Paulo publicou matéria na qual diz que o consenso entre cartolas de sete equipes é que a exibição na internet deve se tornar fundamental para o caixa nos próximos anos, com a adesão de um número maior de assinantes.

No modelo apresentado pela emissora, os pagamentos pelo serviço da internet são diferentes do pay-per-view pela TV. Neste, os clubes têm direito a 38% do total bruto arrecadado com a venda da assinaturas, e o dinheiro é dividido de acordo com a pesquisa de torcedores assinantes do serviço, realizada pela Globo. Quem tem mais torcida fica com uma fatia maior.

A fórmula para o aplicativo é diferente. A Globo se comprometeu inicialmente a pagar aos clubes 50% da receita líquida do serviço, como está registrado no processo do Flamengo.

As agremiações esperavam que a empresa descontasse 10% de imposto, mas foram retirados também outros 10% do imposto pelo repasse das imagens entre dois braços do grupo, da Globosat para a Globo, e 20% de repasse de custos com a transmissão.

Procurada, a emissora afirma que cumpre o que foi estabelecido no documento: "Globo e clubes dividem as receitas das vendas do Premiere Play, depois de abatidos os custos do produto, tal como previsto no contrato. É um modelo justo e aceito por todos os clubes".

Apesar de a Globo não divulgar sua base de clientes, os clubes ouvidos pela reportagem acreditam que todo o serviço de pay-per-view, considerando TV e internet, configuram um mercado de aproximadamente R$ 2 bilhões anuais.





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