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| Foto: Reprodução/Band |
A Justiça de São Paulo aceitou uma queixa-crime movida por Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contra o comentarista esportivo João Paulo Cappellanes, da Band. A decisão, publicada no último dia 4 de abril, torna o jornalista réu pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
O processo tem como base declarações feitas por Cappellanes durante o programa Jogo Aberto, exibido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o comentarista criticou duramente a postura da CBF após o ataque ao ônibus do Fortaleza, ocorrido em Recife. O veículo da equipe cearense foi atingido por pedras arremessadas por torcedores do Sport, resultando em ferimentos em seis pessoas, entre jogadores e membros da comissão técnica.
Ao comentar o caso no programa, Cappellanes afirmou: “Dá para esperar alguma coisa da CBF? Que tem um presidente frouxo? Que não tem comando? Que não sabe nada de futebol? Dá para esperar alguma coisa dessa entidade falida moralmente? Não dá, gente”.
Segundo Ednaldo Rodrigues, o uso do termo “frouxo” e outras expressões empregadas no comentário extrapolaram os limites da crítica jornalística e configuram ofensa à sua honra. A queixa-crime, noticiada pelo Portal dos Jornalistas, argumenta que as falas de Cappellanes ferem a imagem do dirigente e da entidade que ele representa.
Em sua defesa, o comentarista alega ter exercido seu direito à liberdade de expressão e ao exercício da crítica jornalística, especialmente diante de um episódio de violência que teve grande repercussão nacional.
A juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que Cappellanes apresente sua defesa no prazo de dez dias.
O caso reacende o debate sobre os limites entre liberdade de imprensa e ofensas pessoais no jornalismo esportivo.