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A Netflix não fará proposta à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) para adquirir os direitos de transmissão da Libertadores da América no próximo ciclo, que vai de 2027 a 2030. A informação foi publicada pelo jornalista Gabriel Vaquer, do portal F5, e confirma a decisão da gigante do streaming de não ingressar, ao menos por enquanto, no mercado de eventos esportivos ao vivo na América do Sul.
Apesar de ter sido convidada a participar da licitação, a Netflix optou por não apresentar proposta. Segundo fontes ouvidas por Vaquer, a empresa chegou a estudar o caso internamente, mas concluiu que o investimento necessário para garantir os direitos da competição seria alto demais diante da atual estratégia de negócios.
Foco da Netflix segue em conteúdos sob demanda e eventos pontuais
Atualmente, o foco global da Netflix está voltado para produções originais e eventos ao vivo pontuais, em vez de contratos longos e de alto custo, como os da Libertadores. A plataforma tem apostado em transmissões específicas — caso do “Christmas Game” da NFL, o tradicional jogo de Natal da liga de futebol americano, que será exibido pela empresa nos Estados Unidos.
No Brasil e na América Latina, entretanto, o investimento em esportes ao vivo ainda é visto como secundário. A prioridade continua sendo a expansão do catálogo de séries, filmes e documentários esportivos, que têm obtido forte engajamento junto ao público — exemplos são produções sobre a Fórmula 1, o Tour de France e o tênis profissional.
Licitação da Conmebol segue com supervisão internacional
O processo de venda dos direitos de mídia da Libertadores 2027–2030 está sendo conduzido pela agência FC Diez Media, parceira comercial da Conmebol. Já a consultoria Ernst & Young supervisiona a licitação, garantindo transparência e equidade nas negociações.
As propostas poderão ser enviadas até o dia 10 de novembro, e a expectativa é que os vencedores sejam anunciados até o fim do mês. O pacote inclui transmissões de TV aberta, TV por assinatura e streaming, abrangendo todos os países da América do Sul e parte do mercado internacional.
Cenário de disputas e tendências do mercado esportivo
Com a saída da Netflix, o mercado de direitos esportivos na região volta a se concentrar entre grandes players já consolidados, como Paramount, Warner Bros. Discovery, Disney/ESPN, Globo, SBT, Record e CazéTV. A disputa promete ser acirrada, especialmente com o avanço das plataformas de streaming esportivo e o interesse crescente por produtos premium como a Libertadores.
A decisão da Netflix reforça um movimento estratégico: priorizar rentabilidade e segmentação de conteúdo, em vez de investir pesadamente em transmissões esportivas contínuas — um modelo que exige custos altos e margens de retorno incertas em mercados emergentes.
Com ou sem Netflix na jogada, a corrida pelos direitos da Libertadores da América 2027–2030 promete movimentar os bastidores da mídia esportiva nos próximos dias — e definir quem levará para milhões de torcedores as próximas grandes noites do futebol sul-americano.
📅 A agenda completa das transmissões esportivas, incluindo os jogos da Libertadores, está disponível em: ondeassistir.net.br.