Coluna do Albio Melchioretto #52: Quero Esporte Interativo sem mimimi

Colunista fala da ausência dos canais Esporte Interativo nas principais operadoras de TV fechada
Quero começar a coluna com uma situação hipotética e convido você leitor, para imaginá-la comigo. Há tempos comprei uma televisão. Na loja, havia uma com conversor digital, acesso à internet e outras funcionalidades atuais. Na hora, optei por outra, mais simples, sem conversor, sem acesso e com conexões de cabos mais simplórias, os motivos da escolha não são relevantes. Durante muito tempo ela atendeu minhas necessidades. Agora resolvo que ela deveria ter novos recursos, porque pude desfrutar, de alguma forma, de uma com tais possibilidades, e então resolvo ligar para o vendedor, também para a marca fabricante e exijo que minha televisão devesse ter novos soluções. Eles poderão atualizar tais funcionalidades? Mais do que isso, faz sentido exigir um update em minha televisão? Não seria mais conveniente, se o desejo do novo prevalecer, ir a uma loja e adquirir um novo aparelho?

Na quinta-feira, consegui acompanhar o Resenha FC, pelo EI Nordeste. Naquela oportunidade estava, na condição de convidado, o atacante Caça-Rato. Em meio ao programa, o apresentador solta: “Se sua operadora não tem EI faça valer seu direito de cidadão e de consumidor”. No domingo, dia dos pais, leio aqui no Esporte e Mídia que EI Max segue fora das principais operadoras e também é preciso reconhecer o esforço que o Esporte Interativo está fazendo para garantir conteúdo e qualidade a sua programação, com a chegada do EI Max. Aliás, foram duas chamadas apontadas pelo site ao falar do EI. Então temos três fatos, o pedido, a ausência e o esforço.

Não sou torcedor de operadora de televisão. Aliás, depois de quatro anos troquei de operadora pela ausência dos canais EI e fui para outra para tê-los. Mas no momento que perceber uma oferta melhor, noutra operadora, não hesitarei em trocá-la, como já o fiz uma vez. Não existe casamento com operadora. O EI não é minha linha editorial preferida, mas elogio o trabalho e o diferencial que o grupo apresenta. Porém, não faz sentido dizer que é direito de cidadão e consumir tê-lo, pois não o é. Ao comprar um pacote de televisão, de antemão o assinante sabe dos canais disponibilizados. Hoje há oferta. Se a operadora deixar de atender minhas expectativas, não é uma pressão cobrada via tela a melhor forma para consegui-la. Se a operadora deixa de me atender, não é questão de cidadania, mas é questão de troca. Simples! Assim como aconteceu com os canais Fox Sports, é muito desagradável sentar-se frente à tela e ouvir alguém fazer-me pensar que é meu dever exigir o que não há, pois não sou culpado pela ausência do mesmo. O contrato de compra prevê canais, e o novo não está no contrato. É louvável o esforço da programadora diante da operadora, mas não quero envolver-me com isso. E além, o conceito de cidadania passa longe de tais exigências. A ausência é fato, agora se o espectador julga necessário ter tais canais, exerça o poder da troca. Isto afeta em muito o prestador do serviço, muito mais que ligações e pedidos para um callcenter terceirizado.

ESPAÇO DO LEITOR
Concordo plenamente com a reportagem, exceto no tocante ao Blumenau que jogou a segundona. A mídia catarinense e até a paranaense estão sim batendo em cima da péssima administração do clube, que abandonou a competição, e deixou os jogadores a sorte. Lembrando que tamanha várzea nesse clube, na primeira rodada colocaram um cidadão (se não me engano roupeiro) pra jogar no gol, porque não tinha goleiro. Fora nenhum ponto conquistado, está com pontos negativos por causa dessas bizarrices de escalação irregular (DIEGO LOPES). Sim nobre Diego, houve comentários da mídia local sobre o Novo Blumenau. Aliás, alguns setores da rádio citadina até se exaltaram, e com certa razão. Mas a mídia líder de audiência tem se calado e quase nada apoia o futebol da cidade, aliás o esperte da Cidade. Por exemplo, esta semana o time de basquete estreio no estadual e há projetos para chegar a NBB, mas algumas notas aqui e acolá apenas. Claro que estou a falar de coisas diferentes. Uma coisa é o apoio da mídia enquanto espaço para a cidade, outra coisa é forma patética como este clube tratou a cidade. O Novo Blumenau apenas manchou a história do futebol de Blumenau. E a mídia daqui, pouco contribui para o crescimento das modalidades.

Albio Melchioretto - colunista do Esporteemidia.com
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto 







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