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| Colunista comenta a aquisição dos torneios da WTA pelo canal Sony (Foto: Divulgação) |
A primeira coisa quero fazer será o agradecimento aos leitores pela caixa de comentários na coluna passada. Foi muito bom tê-los em salutar debate. A proposta desta semana é ponderar a notícia da aquisição para toda América Latina das transmissões de diversos torneios da WTA pelo Canal Sony. O pacote inclui mais de trinta torneios em exclusividade, por dez anos, de 2017 a 2026, por valor de 532 milhões de dólares. A compra dos direitos foi pensada de maneira regional, para além dos limites de países, diferente do que a F-1 faz, por exemplo. O objetivo é claro é atrair para o canal uma fatia maior de espectadores, a partir o tênis. Um chamariz diferente da proposta original do canal. Mas onde irão parar as características dos canais diante da desfiguração cada vez mais crescente da tevê paga?
Não é a primeira vez que um canal não-esportivo faz isto, nos anos noventa tivemos o GNT com futebol carioca; o USA (atual Universal Channel) com Terças de Box; mais recentemente futebol no Fox e FX; basquete no Space e TNT, se quisermos ainda poderíamos apontar a Champions também na dupla Space e TNT. Nos EUA isto é mais comum que aqui, o TBS de lá, por exemplo, mostra beisebol. E o caso que acho mais curioso, o futebol mexicano no Canal dellas Estrellas, novelas e gols.
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Albio Melchioretto - colunista do Esporteemidia.com albio.melchioretto@gmail.com @amelchioretto |
Com a popularização de plataformas sob demanda, os canais de filmes e séries estão experimentando um esvaziamento de audiência. Diante disto é preciso pensar em novos apelos para tentar seduzir o público a fim de transformar público em audiência. TC Schultz, diretor gerente do canais Sony para América Latina, aposta no tênis como uma alternativa para seduzir o público de maior poder aquisitivo - público alvo do canal, segundo pesquisas. O tiro parece não estar no escuro. Se o canal comprou o pacote deve estar respaldado em pesquisa de mercado a partir do interesse de seu público alvo. Porém, algumas iniciativas recentes do grupo Sony são duvidosas, como o fim do canal Animax (deixou saudades para os órfãos-fãs) e a furada do Sony Spin. Diante disto permito-me perguntar, será o projeto do tênis um plano sólido?
Os direitos dos torneios Premier; Premier 5 e finais WTA ao Sony não lhe dá direito a cereja do bolo, que são os torneios de Grand Slam. Australian Open continuará na ESPN; Roland Garros no BandSports e Wimbledon com US Open partilhados entre ESPN e Sportv. Em números a audiência nos torneios gerais da WTA, em 2015, apresentou um aumento de 25%, quando levando a televisão aberta via Band, foi um fracasso, 1 ponto com 2,3% de share, durante o Brasil Open, claro que a comparação não é válida, pois o canal enfrentou a concorrência da novela e jogadores desconhecidos do grande público. Enquanto isso os torneios da WTA ocorrem no período matinal, e estou a falar de canais de esporte, como o BandSports. Com a saída do WTA, o que restará ao canal de esportes do Morumbi?
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