Coluna do Professor #361, por Albio Melchioretto

(Reprodução)

MFTV
Além do futebol alternativo (Letônia, Moldávia e Belarus), o “canal” (Facebook e YouTube) tem mostrado vôlei, futsal e xadrez. É sempre uma alternativa, tanto de torneios, quanto esportes e de transmissão. A coluna de hoje abre com ótima dica, se quiser conhecer, inscreva-se no canal MFTV2 no YouTube e ative o sininho!

FUTEBOL E COVID
Agora um assunto nem tão leve, mas necessário para pensar nossas práticas. Sexta-feira, 26, recebi de vários contatos, “Carioca é na Record; F1 na Band; Libertadores no SBT e Covid-19 na Globo”. Confesso que alguns memes, ou provocações de rede, tem me incomodado bastante. A redução de um macroproblema a uma linha editorial. Creditar as consequências de uma doença a um canal de televisão é uma atitude mesquinha. Como se a doença pertencesse ao canal, ou pior, reduzir o drama de 300 mil famílias apenas a perspectiva do esporte. E os problemas de saúde? Os sociais? Os educacionais? E os econômicos? Toda e qualquer análise reducionista simplifica a vida humana.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio
Parece que o futebol tem se mostrado alheio a sociedade. Vamos jogar a todo custo. Dirigentes com intenções, no mínimo, duvidosas, fomentam a opinião pública contra determinados canais. Digo isto a partir de uma fala que acompanhei no “Redação” Sportv, quando o programa apresentou o médico Miguel Nicolelis. A fala de um cientista, me fez repensar muitas posturas sobre a crise sanitária e social que vivenciamos. Ele foi enfático, “o futebol precisa parar porque o Brasil precisa parar”. A chamada do médico veio no dia seguinte do desabafo do goleiro do Sergipe, afirmando que os clubes pequenos não podem parar, porque a vida da grande maioria dos atletas dependem disso.

Aqui está o ponto. O futebol precisa parar, como o Brasil deve parar. O desejo hedonista pelo entretenimento não pode ser maior que vida. Entretanto, a CBF, em vez de culpabilizar canais de televisão, deveria fomentar recursos para os mais necessitados. E aqui, entra o papel da mídia, em vez de propor o pão com circo (nem sempre pão e circo), tem sua responsabilidade. Parabéns ao Redação que trouxe um médico para debater. As falas não podem partir de memes ou posicionamentos simplistas de mídia social, urge recuperar o poder de reflexão.

FOX SPORTS2
O 2 do Fox Sports não significa mais o canal nº 2, mas sim, a janela nº 2. Depois do “ao vivo”, passará no Fox Sports 2 (contém ironia).




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